Literatura Nacional: Machado de Assis

   Olá amores!!! Depois de muito pesquisar, decidi fazer outro especial. Porém, percebi que não vale a pena falar de autores internacionais - não desvalorizando seus trabalhos, não é minha intenção - mas sim falar sobre autores nacionais. Vi em muitos outros blogs que eles não valorizam os autores nacionais, o que me entristece muito.
   Temos uma vasta literatura riquíssima em nosso país; no meu insta percebo também que as curtidas diminuem quando eu posto algo sobre isso, o que me deixa mais triste ainda. Daí, eu decidi que vou tentar acabar com esse "preconceito"!
   Por isso hoje eu vou falar, claro, do que na minha opinião o maior autor brasileiro de todos os tempos Machado de Assis.



 
  Então, quem é Machado de Assis? Com certeza muitos já fizeram essa pesquisa, principalmente nos tempos da escola onde os professores de literatura solicitavam. O que muitos não sabem é que Joaquim  Maria Machado de Assis é além de escritor do gênero Romance, contador e um enxadrista ( é aquele que se dedica ao estudo e/ou a prática do jogos de xadrez).  
   Nasceu no Rio de Janeiro, de uma família pobre e que nunca frequentou uma universidade, malmente as escolas públicas. Lutou desde cedo para subir na vida passando por diversos cargos públicos, trabalhando no Ministério da Agricultura, do Comércio e das Obras Públicas, e conseguindo ainda jovem adentrar nos jornais onde publicava suas primeiras poesias e crônicas. Na fase adulta fundou e foi o primeiro presidente unânime da Academia Brasileira de Letras.

 Qual a sua importância para nossa literatura?Sua obra foi de fundamental importância para as escolas literárias brasileiras do século XIX e do século XX e surge nos dias de hoje como de grande interesse acadêmico e público. Influenciou grandes nomes das letras, como Olavo Bilac, Lima Barreto, Drummond de Andrade, John Barth, Donald Barthelme e outros.
  Hoje em dia, por sua inovação e audácia em temas precoces, é frequentemente visto como o escritor brasileiro de produção sem precedentes, de modo que, recentemente, seu nome e sua obra têm alcançado diversos críticos, estudiosos e admiradores do mundo inteiro. Machado de Assis é considerado um dos grandes gênios da história da literatura, ao lado de autores como Dante, Shakespeare e Camões.

    Machado de Assis era um exímio leitor e, consecutivamente, sua obra foi influenciada pelas leituras que fazia. Após sua morte, seu patrimônio constituía, entre outras coisas, de aproximadamente 600 volumes encadernados, 400 em brochura e 400 folhetos e fascículos, no total de 1.400 peças. Sabe-se que era familiarizado com os textos clássicos e com a Bíblia. Em O Analista, Machado faz ligação à sátira menipeia clássica ao retomar a ironia e a paródia em Horácio e Sêneca. O Eclesiastes, por sua vez, legou a Machado uma peculiar visão de mundo e foi seu livro de cabeceira no fim da vida.

   Dom Casmurro é provavelmente a obra que mais possui influência teológica. Há referências a São Tiago e São Pedro, principalmente pelo fato de o narrador Bentinho ter estudado em seminário. Além disso, no Capítulo XVII Machado faz alusão a um oráculo pagão do mito de Aquiles e a ao pensamento israelita. De fato, Machado dispunha de uma biblioteca abastecida com teologia: crítica histórica sobre religião, à vida de Jesus, ao desenvolvimento do cristianismo, à literatura hebraica, à história Muçulmana, aos sistemas religiosos e filosóficos da Índia.

  Sua obra também atinge a literatura estrangeira. Autores como John Barth e Donald Barthelme anunciaram terem sido influenciados por ele. A Ópera Flutuante, escrito pelo primeiro dos dois, foi influenciado pela técnica de "jogar livremente com as ideias" de Tristram Shandy e de Memórias Póstumas de Brás Cubas.

   E o legado? Muitos o consideram um grande predecessor: não bastasse ter introduzido o "realismo" na literatura nacional, certos críticos, como Roberto Schwarz, dizem que ele diz "coisas que Freud diria 25 anos depois. Além disso tudo, a obra machadiana é de fundamental importância para a análise das transições políticas no Brasil e da sociedade do Rio de Janeiro do século XIX e século XX, desde sua moda, transportes, arquiteturas e agitações financeiras.
  Sua obra, não só romances mas também as crônicas, exerce um papel importante para o conhecimento do Segundo Reinado no Brasil e inícios da República. Vale destacar a participação de Machado de Assis, sob o pseudônimo Lélio, na série coletiva de crônicas Balas de Estalo, publicada na Gazeta de Notícias, entre 1883 e 1886. A série expressa o contexto da época - marcado por transformações urbanas, imigração, abolicionismo - e insere-se na formulação de um projeto político baseado no declínio das principais instituições do país - a monarquia, a igreja e a escravidão.

   Existem muitos motivos que me fizeram escolher esse gênio da nossa literatura para esse especial. Acredito que mostrando um pouco sobre ele, faria muita gente mudar de ideia - afinal a ignorância cega os olhos e a mente.

  Agradeço de coração a todos que chegaram até aqui.

Um forte abraço em vocês! Até mais.







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