Literatura Nacional: Rachel de Queiroz
Olá amores, como estão?
Hoje eu trago mais um especial e como estamos no mês das mulheres, vamos falar de mais uma autora brasileira. Estou falando de Raquel de Queiroz.
B I O G R A F I A
Rachel de Queiroz nasceu em 17 de novembro de 1910, em Fortaleza (CE). Ainda muito jovem, com apenas vinte anos, destaca-se através da publicação do romance “O Quinze”, o qual aborda a triste realidade dos retirantes nordestinos, drama este que a escritora vivenciou. Sua família mudou-se para o Rio de Janeiro, fugindo das sequelas que a seca de 1915 ocasionou no Nordeste. Contudo, permanecem na capital por pouco tempo até fixarem-se em Belém do Pará.
Aos dezenove anos passa por problemas de trato respiratório e é obrigada a ficar de repouso em casa. Nesse período, começa a escrever o romance que a consagrou como escritora, “O Quinze”, e tem como alicerce a sua própria experiência. Esta obra recebeu prêmio da Fundação Graça Aranha e repercutiu pelas maiores capitais. Vai até o Rio de Janeiro receber a premiação honrosa e na volta ao Ceará tem contato com os integrantes do Partido Comunista. Então, inicia atividades na militância política e participa da fundação do PC cearense.
Em 1932, casa-se com o poeta José Auto da Cruz Oliveira com quem tem uma filha, Clotilde, a qual falece pouco depois, aos 18 meses. Quando muda-se para Maceió, em 1935, passa a ter contato com outros escritores: Jorge de Lima, Graciliano Ramos, José Lins do Rego. Com a chegada do Estado Novo, seus livros e de seus amigos escritores são queimados na Bahia, sob acusação de serem revolucionários.
Prêmio Fundação Graça Aranha para O quinze, 1917
Prêmio Sociedade Felipe d' Oliveira para As Três Marias, 1939
Prêmio Saci, de O Estado de S. Paulo, para Lampião, 1954
Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de obra, 1957
Prêmio Teatro, do Instituto Nacional do Livro, e Prêmio Roberto Gomes, da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, para A beata Maria do Egito, 1959
Prêmio Jabuti de Literatura Infantil, da Câmara Brasileira do Livro (São Paulo), para O menino mágico, 1969
Prêmio Nacional de Literatura de Brasília para conjunto de obra em 1980
Título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Ceará, em 1981
Medalha Marechal Mascarenhas de Morais, em solenidade realizada no Clube Militar, em 1983
Medalha Rio Branco, do Itamarati, 1985;
Medalha do Mérito Militar no grau de Grande Comendador, 1986
Medalha da Inconfidência do Governo de Minas Gerais, 1989
Prêmio Camões, o maior da Língua Portuguesa, 1993, sendo a primeira mulher a recebê-lo
Título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual do Ceará - UECE, 1993
Título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual Vale do Acaraú, de Sobral, em 1995
Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal, 25 de Março de 1996
Prêmio Moinho Santista de Literatura, 1996, dentre outros inúmeros prêmios e títulos
Título Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, 2000
Medalha Boticário Ferreira, da Câmara Municipal de Fortaleza, 2001.
Troféu Cidade de Camocim em 20 de Julho de 2001 - Academia Camocinense de Letras e Prefeitura Municipal de Camocim
Em 1937, é presa por apoiar a facção marxista apoiada nas ideias de Trotski. Algum tempo depois, com o falecimento do revolucionário, abandona os ideais esquerdistas. Em 1939, separa-se de seu marido e muda-se para o Rio de Janeiro, onde publicou o livro “Três Marias” (1939).
Em 1940, casa-se novamente com o médico Oyama de Macedo, com quem permanece até 1982, quando este falece.
Rachel de Queiroz continua a publicar alguns livros e a colaborar para jornais e revistas. Faz ainda traduções e obras para o teatro e para a literatura infantil. Sua obra “O Quinze” é publicada no exterior, “As três Marias” é adaptada para a telenovela e “Dora, Doralina” além de ser publicado no exterior tem sua adaptação no cinema na década de 80.
O B R A S
Possuidora de uma vasta obra, Rachel de Queiroz escreveu romances, contos e crônicas, com destaque para ficção social nordestina. Além disso, escreveu literatura infanto-juvenil, antologias e peças de teatro. Segue abaixo algumas obras:
- O Quinze (1930)
- João Miguel (1932)
- Caminhos de Pedras (1937)
- As Três Marias (1939)
- Três romances (1948)
- O Galo de Ouro (1950)
- Lampião (1953)
- A Beata Maria do Egito (1958)
- Quatro Romances (1960)
- O Menino Mágico (1969)
- Seleta (1973)
- Dora Doralina (1975)
- Memorial de Maria Moura (1992)
- Andira (1992)
- As Terras Ásperas (1993)
- Teatro (1995)
- Falso Mar, Falso Mundo (2002)
L E G A D O
Foi a primeira mulher a possuir uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.
Dada sua importância para a literatura nacional, em 2003, foi inaugurado na cidade em que Rachel viveu, Quixadá (CE), o "Centro Cultural Rachel de Queiroz".
Aqui está uma lista dos prêmios que a autora ganhou:
E foi com essa vasta contribuição para nossa literatura nacional que aos 90 anos, no dia 4 de novembro de 2003, morre. Até os seus últimos dias ela dizia que escrevia para se sustentar. A carinha de avó carinhosa sempre será sua marca!
Bem meus amores, espero de coração que vocês tenham gostado de conhecer a história de mais uma nobre mulher que deixou seu legado na nossa literatura.
Até a próxima.
Excelente post, Amanda! É sempre bom lembrar das nossas escritoras nacionais.
ResponderExcluirAbraço,
Diana Scarpine.