Autora Manuela Marques Tchoe

Olá meus amores, tudo bem com vocês?

Nosso post de hoje é mais um episódio do quadro entrevistando autores nacionais. Desta vez iremos falar e entrevistar a autora Manuela Marques Tchoe, escritora dos livros "ventos nômades" e "encontro de marés", ambos já resenhados aqui pelo blog e você confere essas resenhas na aba no menu acima de resenhas. Também foram publicados pela editora Pendragon, caso vocês tenham interesse nessas obras basta acessar o mural de autores parceiros que os links de compra estão lá no nome da autora. Antes de irmos a entrevista que tal falarmos um pouco mais sobre a autora?

Manuela Marques Tchoe, é baiana de Salvador e vive há mais de dez anos na Alemanha, onde trabalha como executiva de marketing . Manuela é uma escritora apaixonada por culturas diferentes, um tema com o qual vive todos os dias. Seu primeiro livro, "ventos nômades", é uma coleção de contos que cruzam continentes e exploram o desejo de viajar e do exótico, os desafios e maravilhas de relacionamentos multiculturais e imigração. 

Agora, vamos para a nossa entrevista. Separei 12 perguntinhas sobre diversos gêneros e um espaço bônus para que a autora fale o que quiser aos seus fãs. Vamos lá?!

1.    Qual é a inspiração para o seu livro?

R: “Com certeza são muitas as coisas que me inspiram! Mas se eu tiver que escolher, são as viagens que faço e as diferenças culturais que eu vejo e experimento na pele. Eu moro na Alemanha há mais de quinze anos e portanto todos os dias é um festival de novas descobertas e personagens que me inspiram a escrever.

Minha primeira obra, Ventos Nômades, foi justamente esta exploração de experiências culturais e como viajar e ver realidades distantes faz a gente repensar a nossa própria realidade. Com Encontro de Marés, eu quis trazer uma estrangeira para o Brasil e mostrar nossos costumes e cultura através dos olhos de alguém que vê tudo isso pela primeira vez.”

2.    Como você começou a escrever?

R: “Na verdade, eu sempre escrevi no meu trabalho, mas nada a ver com literatura. Depois que meu filho nasceu, eu comecei a ter vontade de fazer algo diferente... Algumas ideias começaram a amadurecer. No primeiro dia que meu filho foi para a creche e eu tive uns minutinhos para mim, abri o computador e comecei a colocar as ideias para fora. Não foi o meu melhor momento literário, as frases estavam bem desestruturadas, as palavras mal colocadas, etc., mas aos pouquinhos eu fui pegando o ritmo e o gosto por colocar as palavras no papel. Foi uma longa jornada até o primeiro livro publicado, mas valeu a pena!”

3.    Quais são os seus hobbies?

R: “Acho que viajar já está bem óbvio, né? Amo viajar! Claro que agora está tudo mais complicado por conta da pandemia, mas assim que as coisas acalmarem, certamente é o que desejo fazer.

Ler, sair com as amigas, passar tempo com minha família. Não são hobbies extraordinários como pular de pára-quedas, mas são coisas simples as mais importantes, eu acho.”

4.    Como você se vê como pessoa?

R: “Eu me vejo como uma pessoa descomplicada no meu estilo de vida, mas sou também daquelas que querem fazer tudo muito certinho. Sou daquelas que dou o meu melhor. Às vezes isso pode ser bom, às vezes é ruim... Faz parte!”

5.    Quais são as suas influências literárias?

R: “Certamente os grandes baianos Jorge Amado e João Ubaldo Ribeiro. Gosto e me inspiro na beleza de nossa cultura e na denúncia das mazelas do nosso país. Esse equilíbrio que trazem, a beleza e a feiura, a luz e a escuridão, eu acho fascinante.”

6.    Em uma narrativa, qual pessoa você prefere, a primeira ou terceira?

R: “Depende. Se for um livro centrado num personagem principal, faz mais sentido que seja em primeira pessoa, porque apresenta as emoções da personagem em primeira mão. Mas se for um livro com muitos personagens, eu prefiro a terceira pessoa, porque dá a oportunidade de contar as histórias de personagens diversos e desfocar do protagonista.”

7.    Quais foram os livros que marcaram a sua vida?

R: “Definitivamente, Gabriela Cravo e Canela, de Jorge Amado, pela vivacidade da história, a baianidade intensa.”

R: “Cruzando o Caminho do Sol, de Corban Addison, foi o livro que me inspirou a escrever Encontro de Marés, por também tratar de prostituição infantil.”

8.    O que você faz nas horas vagas?

R: “Gosto muito de caminhar nas montanhas perto de Munique, fazer piqueniques, passear ao ar livre.”

9.    Possui outras obras?

R: “Além de Ventos Nômades e Encontro de Marés, publiquei o livro de crônicas Comida de Gringo – Sem Presepadas! juntamente com a escritora Ana Fonseca. “

Tenho em breve mais um livro a ser publicado pela Editora Pendragon, que se chamará De Vista para a Mesquita e deve ser lançado em junho deste ano.

10.  Os personagens que você escreve são inspirados em pessoas reais?

R: “Em Encontro de Marés, os personagens são completamente fictícios, porém baseados em histórias e reportagens da pesquisa que fiz para o livro. Já em Ventos Nômades, algumas histórias são imaginadas do começo ao fim, outros são um tanto autobiográficos, como os contos Tempestade de Areia, que conta a história de um relacionamento que tive com um egípcio e as diferenças culturais e religiosas que nos separaram, e Milagres na Praça do Rei, que fala de um intercambista que sai do Brasil pela primeira vez e se encontra na Alemanha. Tomei muito de minhas próprias experiências para estes contos!

Comida de Gringo é uma obra de não-ficção. Eu e a co-autora, Ana Fonseca, relatamos experiências e comidas provadas em nossas viagens, que se passam na França, Portugal, Espanha, Estados Unidos, Grécia e outros lugares.”

11.  Suas histórias são inspiradas em algo real?

R: “Por vezes, sim. Na minha próxima obra, De Vista para a Mesquita, a obra é inspirada em eventos reais. Usei muitas das minha experiências no Egito com meu ex-noivo e sua família, as paisagens que vi e as pessoas que conheci, mas juntei com minha imaginação para ir além das minhas experiências pessoais.”

12.  Como você vê o seu livro?

R: “Vejo meus livros como uma forma de colocar minha voz para fora. Vejo meus livros como uma forma de libertação, de terapia, até!”

Recado para os fãs

R: “Tenho apenas gratidão imensa com quem se interessa em minhas obras. Ser escritor no Brasil não é tarefa fácil, mas só de receber uma mensagem de um leitor para me contar como um dos meus livros fez pensar, chorar, sorrir... Isso faz todas as dificuldades evaporarem! Gratidão!

Bom meus amores, eu amei conhecer mais sobre a autora através da nossa entrevista aqui. É super gratificante essa oportunidade de conhecer mais sobre a autora e até se identificar com ela através das suas respostas, confesso que me identifiquei com algumas das suas respostas. Eu espero de coração que vocês tenham gostado dessa entrevista, não deixem de acompanhar mais sobre as novidades dos livros da autora nas suas redes sociais e as nossas novidades aqui pelo blog. Um super beijo, se cuidem e até a próxima. 

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