Autor Wellington J . C. Torres Jr.

Olá meus amores, tudo bem com vocês?

Hoje temos mais um episódio do nosso quadro entrevistando autores nacionais. Teremos a alegria de conhecer um pouco e de entrevistar o autor nacional e nosso parceiro aqui do Blog, Wellington J. C. Torres Jr. Ele é autor do livro Berk, que inclusive já foi resenha aqui e vocês podem estar conferindo na aba de resenhas. As redes sociais do autor, bem como os links de acesso do mesmo se encontram na aba do nosso mural de autores parceiros. Sem muitas delongas, vamos conhecer melhor o autor?

Olhem esse mimo de dedicatória!
Um amor ♥

Wellington J. C. Torres Jr. ou Jota R, como assina seus trabalhos, teve poliomielite na infância. Desenhava enquanto outras crianças jogavam bola ou andavam de bicicleta. Isso o levou a se tornar designer e ilustrador. Baiano de nascimento, mas capixaba de coração, Berk é seu primeiro livro, antes publicou 2 revistas em quadrinhos, também tendo como protagonistas um cadeirante, o Gazoo. De sorriso fácil e pensamentos rápido, Wellington sempre gostou de uma boa história, seja ouvindo, contando ou criando. (Texto extraído do livro do autor). 

Que bacana!!! Agora que já falamos um pouco sobre o autor, vamos a entrevista!! Separei nossas tradicionais 12 perguntas que variam de assunto. Espero que gostem. 

1. Qual é a inspiração para escrever o seu livro?


R: "Sou cadeirante e sempre me questionei por que não haviam aventuras de pessoas com deficiência? Por que todas as histórias eram ou tristes ou sempre com temáticas de superação? Eu queria ver heróis, humor e romance. Isso me desafiou a construir essa narrativa, senão pra mim em minha juventude, mas para outros terem a possibilidade de se verem representados nesse tipo de literatura."

2. Como você começou a escrever?


R: "Comecei na verdade como ilustrador, desenhar sempre foi minha opção para acessar mundos imaginários, e isso me levou a começar a escrever, no início tiras de quadrinhos, abordando a temática da pessoa com deficiência, meus primeiros trabalhos foram na idade de 17 anos, com um personagem cadeirante, o Gazoo. Que com humor e atitudes positivas diante dos desafios da deficiência, mostrava situações que na época não eram usuais, esportes radicais, trabalho e outras meramente cômicas sobre a deficiência. Egito antigo, idade média, pré-história, etc… acho que o Gazoo foi fundamental para eu construir meu estilo de narrativa, despojada, leve e bem humorada, ao tratar desta realidade."


3. Quais são os seus hobbies?


 R "Atualmente ler é meu principal hobby, gosto também de ouvir música, sou bastante eclético, vou de música sertaneja raiz, tipo Pena Branca e Xavantinho, passo por Pixinguinha, Legião Urbana, Marisa Monte, Gil, indo até clássicos e jazz. Sou apaixonado por Billie Holiday. Na literatura gosto muito de clássicos de ficção e fantasia, H. G. Wells, Phillip Dicks, George Martin, mas também outros estilos, Fernando Pessoa, Cortela, etc."


4. Como você se vê como pessoa? 


R: "Essa é uma pergunta difícil de responder, mas tenho uma visão positiva de mim mesmo, acho que sou um cara legal, bom de papo, mas ao mesmo tempo pacato e um pouco introspectivo. Me vejo como uma pessoa que se construiu com a participação de muitas outras, pai, mãe, irmãos e amigos. Hoje na continuidade de minha construção, muito de meu crescimento se deve a minha esposa e filho. Eles me ajudam a ser alguém melhor."


5. Quais são as suas influências literárias?


R: "Gosto de ler de tudo, ficção, aventura, fantasia, biografia, sociologia, clássicos e mitologia. Mas eu acho que os autores me influenciam de acordo com o tipo de narrativa que quero construir, gosto muito da estrutura de textos de George R.  R. Martin, gosto da ironia de Umberto Eco, das realidades reconstruídas de Phillip Dicks, da simplicidade em abordar temas elaborados de Sérgio Cortella, da emoção de Fernando Pessoa, da poesia 3D de Arnaldo Antunes."

6. Em uma narrativa, qual pessoa você prefere primeira ou terceira?


R: "Não tenho preferência, em Berk apesar de uma narração externa da história em muitos momentos a forma em que escolhi descrever as emoções sentidas pelos personagens transparece ser descritas pelos próprios. Ainda não me vejo escrevendo uma história totalmente em primeira pessoa, mas acho que gosto de pensar que narro em um tipo de terceira pessoa invasiva (risos), se é que existe isso em literatura. Não sou muito acadêmico, me acho mais intuitivo."


7. Quais foram os livros que marcaram a sua vida?


R: "Sem dúvida um dos melhores livros que li foi O Perfume, de Patrick Suskind. Que livro maravilhoso! Eu fiquei tão envolvido com a trama que li o livro em um único dia! Outro que certamente indico é Homo Deus de Yuval Harari, também As Crônicas Saxônicas (Os 10 livros), Crônicas de Nárnia. Atualmente estou lendo dois, A sociedade do Anel em eBook e O festim dos corvos em livro físico, como descrevê-los? Insanos de tão bons! Tem também uma série cósmica absolutamente fantástica de C. S. Lewis que indico para todas as idades: Além do Planeta Silencioso, Perelandra e Uma Força Medonha, são maravilhosos, imperdíveis!"


8. O que você faz nas horas vagas?


R: "Tenho uma rotina de trabalho bastante cansativa, mesmo trabalhando em home office já há mais de dezoito anos, na área de design gráfico, e na folga gosto de dormir, curtir a família, ver filmes e ler é claro!"


9. Possui outras obras?


R: "Publicados tenho duas revistas em quadrinhos, dois livros infantis, um em forma de poesia e outro bilíngue com temática ambiental, um infanto-juvenil, Berk e atualmente estou escrevendo outro infanto-juvenil com uma pegada steampunk, devo lançá-lo ano que vem. Se quiserem conhecer um pouco mais de meu trabalho podem visitar meu site (www.wellington-ilustra.art.br). Lá eu disponibilizo algumas publicações grátis."


10. Os personagens que você escreve são inspirados em pessoas reais?


R: "Alguns sim, outros não. No livro A Menina Que Não Esperava O Dia, a personagem é real, é uma história infantil, mas muito inspiradora de uma menina que descobre que tem uma doença degenerativa. Parece uma temática pesada, mas não é, fiquei muito satisfeito em como falei disso com suavidade e leveza."


11. Suas histórias são inspiradas em algo real?


R: "Mesmo quando escrevo algo completamente ficcional, sempre trago experiências pessoais, vividas ou por mim ou por pessoas próximas."


12. Como você vê seu livro?


R: "Como um filho, que ainda tem uma vida toda pela frente e que já saiu de casa (risos)."

Espaço bônus: recado para os fãs.

R: "Vocês não têm ideia de como são importantes para nós, sem vocês nossos livros são só um amontoado de letras, são vocês que dão sentido pra elas. E para nós, não há nada mais gratificante do que quando vocês dão vida a nossas histórias e elas de alguma forma tocam vocês. Obrigado a vocês de coração."

Uau, que entrevista!! Eu amei conhecer mais sobre o autor e amei as suas respostas. Amo essa interação de autor e leitor! Quero agradecer o autor que prontamente se disponibilizou a responder nossa entrevista, muito obrigado! Além disso, não deixem de conhecer as novidades e as ilustrações do autor que se encontram nas suas redes sociais e site que estão lá no mural e as nossas novidades aqui para sempre estar atualizado sobre os episódios desse quadro. Um super beijo, se cuidem e até a próxima.

Comentários

  1. Obrigado pelo carinho e pelo espaço aberto para nós os autores, muito sucesso e um afetuoso abraço.

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