Autor Adams Pinto

 Olá meus amores, tudo bem com vocês?

Vamos para mais um episodio do nosso quadro Entrevistando Autores Nacionais. Desta vez iremos entrevistar o autor Adams Pinto, autor dos livros "jardim dos famintos" e "jardim dos famintos: kunkalla". Ambos os livros já foram resenhados aqui pelo blog e você pode conferir as resenhas na aba acima de mesmo nome, os links de acesso do autor e suas redes sociais estão no nosso mural de autores parceiros. Vamos agora conhecer mais sobre o autor. 

 

Adams Pinto, ilustrador cearense, graduado em Artes Plásticas e com especialização em Design Digital, tem uma carreira dividida entre a produção de estampas geeks para o mercado internacional de camisetas e desenhos para livros infantis do Governo do Estado do Ceará. Contudo, apesar da perícia gráfica, sempre nutriu um amor secreto pela literatura. Foi influenciado por nomes como H.P. Lovecraft, Stephen King, Bernard Cornwell e contou com o apoio espiritual de J. R. R. Tolkien para levar adiante a escrita de Jardim dos Famintos em 2017 e Jardim dos Famintos: Kunkalla em 2021. Ambos os livros publicados via Catarse. (texto dado pelo autor)

Agora vamos a nossa entrevista, espero que gostem!!

1. Qual é a inspiração para escrever o seu livro?

A inspiração veio da necessidade de expor os mundos, personagens e o caos que permeavam a minha imaginação e gritavam para fugir da cabeça. Pois eu acreditava que tinha elementos novos e interessantes dentro do universo da fantasia contemporânea que, no geral, costumam girar em torno de um lugar comum.


2. Como você começou a escrever?

Eu comecei a escrever uma aventura autoral para RPG de mesa com elementos de horror cósmico e fantasia. Mas durante o processo ficou notório que eu era um péssimo Mestre, ainda que houvesse construído um mundo muito rico e peculiar como ambientação. No fim das contas, foi esse material criado para jogo que serviu de background e deu origem ao Jardim dos Famintos como obra literária.

3. Quais são os seus hobbies?

Sou um nerd bem padrão. Gosto de filmes, séries, videogame, livros, músicas e quadrinhos.

4. Como você se vê como pessoa?

Profissionalmente, eu me acho um cara obstinado porque não consigo ficar parado por muito tempo. É uma espécie de fome de criação. Eu preciso escrever, desenhar ou compor músicas no meu tempo livre para me sentir mentalmente equilibrado ou parcialmente sossegado. Minha felicidade é ver ideias se tornando tangíveis. Já emocionalmente, acredito que sou uma pessoa bastante acessível, mas que tem problemas em lidar com frustrações.

5. Quais são as suas influências literárias?

As minhas maiores influências literárias vêm do horror, da ficção e da fantasia. Posso citar vários nomes como Lovecraft, Tolkien, Anne Rice etc. Eu crio um amálgama de tudo o que leio e peneiro o que há de melhor na busca de criar a minha própria identidade literária.

6. Em uma narrativa, qual pessoa você prefere primeira ou terceira?

Eu prefiro em terceira pessoa porque acredito que há um distanciamento seguro entre o autor e o personagem. Na primeira pessoa, eu me sinto praticamente sugado pelo alter ego de quem estou descrevendo no texto e, quando menos percebo, estou falando sobre mim mesmo e expondo medos e inseguranças de maneira muito literal.

7. Quais foram os livros que marcaram a sua vida?

A Sociedade do Anel, de J. R. R. Tolkien, fez a minha cabeça explodir na adolescência. Embora o texto fosse “lento”, eu sempre achei incrível como os cenários e as sequências de ação eram destrinchadas de uma maneira tão nítida, que você mal tinha o trabalho de montar as figuras em sua cabeça. Dito isso, eu fiz questão de visitar o túmulo do Tolkien durante uma excursão pela Inglaterra em 2012. Foi lá no seu túmulo, no cemitério de Oxford, que eu deixei uma foto 3x4 minha com os dizeres “muito obrigado”.

8. O que você faz nas horas vagas?

Eu costumo produzir ideias, como disse anteriormente. Mas se eu estiver em outra vibe, gosto de curtir a família, os amigos e beber uma água de coco de frente para o mar.

9. Possui outras obras?

Jardim dos Famintos (2017) e Jardim dos Famintos: Kunkalla (2021) são as minhas primeiras empreitadas como escritor. Apesar de que, em um passado distante, eu criei algumas coisas despretensiosas direto para a internet como um quadrinho de heróis levemente tosco chamado Mutunaz.

10. Os personagens que você escreve são inspirados em pessoas reais?

Sim. Talvez por um devaneio meu em transformar JdF em uma série da HBO (risos), todos os personagens têm características físicas baseadas em atores de verdade. Já os aspectos psicológicos são oriundos de estudos de personalidades que fiz durante um curso de eneagrama.

11. Suas histórias são inspiradas em algo real?

Claro! Não há nada mais tangível que o medo de morrer e não há nada mais agressivo e aterrador do que a própria natureza. Se você se aventurar em estudar a cópula e o modo de caça de certos artrópodes, por exemplo, você vai começar a duvidar se esses seres foram criados por Deus ou pelo Diabo, tamanho o nível da bizarrice. Isso para quem acredita em ambos. 

12. Como você vê seu livro?

Eu enxergo Jardim dos Famintos como uma semente “bonita” que se desvencilhou de mim. São dois livros que me dão muito orgulho, principalmente pela quantidade massiva de feedbacks positivos e da forma como ele influenciou algumas pessoas a acreditarem na escrita independente. Como autor e sonhador, eu só espero que um dia essas sementes eclodam e façam esse jardim crescer através do mundo inteiro. 

Bom meus amores, eu espero de coração que vocês tenham gostado dessa entrevista. Não deixem de continuar nos acompanhando aqui para mais post como esses e de acompanhar o autor com as suas novidades nas suas redes sociais. Um super beijo, se cuidem e até a próxima. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Autora Dulce Maria

Jogo de máscaras

A Essência Perdida