Autora Manuela Marques Tchoe

Olá meus amores, tudo bem com vocês?

Hoje vamos para mais um episódio do nosso quadro Entrevistando Autores Nacionais. Desta vez vamos entrevistar e conhecer a autora Manuela Marques Tchoe, autora dos livros "Encontro de Marés" e "Ventos nômades". Os dois livros já foram resenhados aqui no blog, então caso vocês queiram conhecer a resenha basta clicar na aba de igual nome. Os links de acesso da autora bem como as suas redes sociais estão na aba de autores parceiros. Agora, antes de irmos a entrevista vamos conhecer mais um pouco sobre a autora. 


Manuela Marques Tchoe é uma escritora baiana que vive desde 2005 na Alemanha, onde trabalha como executiva de marketing. É casada comum alemão de ascendência coreana, e tem um filho. É autora da coletânea de contos Ventos Nômades, uma coleção de contos que cruzam continentes exploram o desejo de viajar e a vida de imigrante. Encontro de Marés é seu segundo livro. (texto extraído do livro da autora). 

Agora vamos a nossa entrevista, separei nossas 12 perguntas tradicionais e dei um espaço bônus para ela falar aos seus fãs. 

1.  1. Qual é a inspiração para escrever o seu livro?

De Vista para a Mesquita foi inspirado num relacionamento que tive com um egípcio entre 2001 e 2003, e minhas viagens para o Egito para conhecer sua família. Este relacionamento aconteceu justamente entre os ataques de 11 de Setembro e a Guerra do Iraque, ou seja, um período conturbado no Oriente Médio, o que amplificou o preconceito contra muçulmanos, e que também trouxe impacto para esse jovem amor...

Neste livro, eu quis abordar os conflitos pessoais de amar alguém de uma terra e religião completamente diferentes das minhas. Como o relacionamento terminou de forma abrupta – eu estava no Brasil, ele, na Arábia Saudita durante a Guerra do Iraque, eu imaginei como seria se eu o reencontrasse nos dias de hoje e o que diríamos um ao outro, além de explorar as vidas e escolhas de cada um.

É um romance sobre destino, amores impossíveis e, principalmente, segundas chances.

2.   2.   Como você começou a escrever?

Eu comecei a ter interesse pela escrita no colegial e por isso cheguei a fazer um ano de jornalismo na faculdade. Mas acabei decidindo fazer administração de empresas e, após alguns anos, comecei a trabalhar com marketing. O ato de escrever está no meu cotidiano há bastante tempo. Mas só com o nascimento de meu filho eu comecei a pensar em literatura. Eu não sei o porquê exatamente, só sei que alguma coisa clicou na minha cabeça, como se eu tivesse finalmente realizado que o trabalho não me realizava exatamente, e eu queria algo mais...

Algumas ideias começaram a amadurecer a partir de então. No primeiro dia que meu filho foi para a creche e eu tive uns minutinhos para mim, abri o computador e comecei a colocar as ideias para fora. Não foi o meu melhor momento literário, as frases estavam desestruturadas, as palavras mal colocadas, etc., mas aos pouquinhos eu fui pegando o ritmo e o gosto por colocar as palavras no papel.

3.    3.  Quais são os seus hobbies?

Certamente viajar é o meu hobby preferido, apesar das dificuldades da pandemia de hoje. Mas também adoro ler, sair com as amigas, passar tempo com minha família.

4.   4. Como você se vê como pessoa?

Acredito ser uma pessoa simples no meu dia-a-dia. Mas também gosto de fazer as coisas de forma certinha, o que às vezes é bom, e às vezes nem tanto!

5.     5. Quais são as suas influências literárias?

Certamente os grandes baianos Jorge Amado e João Ubaldo Ribeiro. Me inspiro na beleza de nossa cultura e na denúncia das mazelas do nosso país. Esse equilíbrio que trazem, a beleza e a feiura, a luz e a escuridão, eu acho fascinante.

Também gosto muito de livros estrangeiros que falam de viagens e diferenças culturais, como Sob o Sol da Toscana da Frances Meyes e Um Ano na Provença, do Peter Mayle.

 6.       Em uma narrativa, qual pessoa você prefere, a primeira ou terceira?

Depende. Se for um livro centrado num personagem principal, faz mais sentido que seja em primeira pessoa, porque apresenta as emoções da personagem em primeira mão. Mas se for um livro com muitos personagens, eu prefiro a terceira pessoa, porque dá a oportunidade de contar as histórias de personagens diversos e desfocar do protagonista.

7.       Quais foram os livros que marcaram a sua vida?

Definitivamente, Gabriela Cravo e Canela, de Jorge Amado, pela vivacidade da história, a baianidade intensa. Cruzando o Caminho do Sol, de Corban Addison, foi o livro que me inspirou a escrever meu primenro romance, Encontro de Marés, por também tratar de prostituição infantil.

8.       O que você faz nas horas vagas?

Gosto muito de caminhar nas montanhas perto de Munique, fazer piqueniques, passear ao ar livre, sair para tomar um café.

9.       Possui outras obras?

Além de De Vista para a Mesquita, publiquei a coletânea de contos Ventos Nômades e o romance Encontro de Marés pela Editora Pendragon, assim como o livro de relatos de viagemComida de Gringo – Sem Presepadas! juntamente com a escritora Ana Fonseca.

10.   Os personagens que você escreve são inspirados em pessoas reais?

Em De Vista para a Mesquita, os personagens sçao inspirados na vida real. A protagonista sou eu e os personagens secundários são meu ex-noivo e sua família.

Já em Ventos Nômades, algumas histórias são imaginadas do começo ao fim, outros são um tanto autobiográficos, como Milagres na Praça do Rei, que fala de um intercambista que sai do Brasil pela primeira vez e se encontra na Alemanha. Tomei muito de minhas próprias experiências para estes contos!

Em Encontro de Marés, os personagens são completamente fictícios, porém baseados em histórias e reportagens da pesquisa que fiz para o livro.

Comida de Gringo é uma obra de não-ficção. Eu e a co-autora, Ana Fonseca, relatamos experiências e comidas provadas em nossas viagens, que se passam na França, Portugal, Espanha, Estados Unidos, Grécia e outros lugares.

11.   Suas histórias são inspiradas em algo real? 

Por vezes, sim. Em De Vista para a Mesquita, a obra é inspirada em eventos reais. Usei muitas das minha experiências no Egito com meu ex-noivo e sua família, as paisagens que vi e as pessoas que conheci, mas juntei com minha imaginação para ir além das minhas experiências pessoais.

12.   Como você vê o seu livro?

Vejo este livro em particular como uma forma de dividir experiências que me moldaram, assim como abordar temas desconfortáveis e quebrar com estereótipos arraigados.

ESPAÇO BÔNUS: Recado para os fãs

Agradeço de coração o interesse em minhas obras! Obrigada a cada leitor que entrou em contato para me contar como um dos meus livros fez pensar, chorar, sorrir... Não há melhor recompensa para um escritor.

 Bom meus amores, eu amei entrevistar a autora. Espero de coração que vocês tenham gostado desse post também, não deixem de acompanhar a autora nas suas redes sociais - os links de acesso estão na aba de autores parceiros. Também não deixem de nos acompanhar aqui para mais post como esses. Um super beijo, se cuidem e até a próxima. 

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